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Sunday, September 25, 2005

O BAAL NOSSO DE CADA DIA

“…Quais são as nossas idolatrias e doenças hoje, o Baal do mundo que não temos força para rejeitar?...

……Essa pergunta deveria marcar todas as gerações. Todas as nossas igrejas precisam ser confrontadas com essa voz profética que denuncia a idolatria, o consumo religioso e o insaciável apetite pelo bem-estar (uma idolatria do ego que só busca uma religiosidade que nos satisfaça).

Os nossos altares de ídolos estão lá fora com suas sedutoras exposições ao deus do consumo insaciável. Mas também estão perto de nós, presentes nas nossas “ofertas de sacrifícios” em forma de louvores desencarnados e expressões religiosas de mero consumo espiritualizante. Nas orações que só buscam o bem-estar pessoal e o sucesso econômico. Nas pregações que nos alisam o ego sem confrontar-nos com nosso pecado pessoal e coletivo e sem denunciar a idolatria e a injustiça que estão dentro e fora dos nossos templos. Nas “palavras proféticas” que fazem o nosso eu narcisista chorar de emoção, mas não de arrependimento.

Como na história de Israel, esses altares a Baal precisam ser derrubados. Precisamos erguer novos altares que representem o que Deus espera de nós: “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (Mq 6.8)…”
Valdir e Marcos Davi Steuernagel
(texto extraido da revista ultimato)

MUSICA SEMPRE LOUVOR

Sobre música do mundo e música do (sub, sobre, extra, fora, ex, para
outro?) mundo

por Bráulia Ribeiro

Conheci pessoalmente Don Richardson, missionário na Papua-Nova Guiné,
autor do best-seller O totem da paz. Homem humilde, amigo e que honra
o trabalho que nós brasileiros fazemos entre os índios do Brasil.
Certa vez, numa entrevista particular, meu marido lhe perguntou: "Se
você tivesse de começar de novo, o que faria de diferente no seu
ministério entre os sawis?" Uma pergunta delicada, na verdade um
eufemismo para "Qual foi o grande erro que você cometeu e que não
repetiria se tivesse uma nova oportunidade?"

Ele pensou, pensou, o que foi um bom sinal. Para um homem com um
ministério tão bem-sucedido, mundialmente conhecido, deve ter sido
difícil lembrar de algum erro... Finalmente ele disse: "Duas coisas:
primeiro, eu não teria traduzido corinhos da igreja indonésia para a
igreja sawi; segundo, teria usado dramas em vez de pregação falada
para ensinar o Evangelho".

Pode parecer pouco para os não-iniciados, mas para os que são da área
foi a admissão de um grande erro. Ele estava dizendo que teria
introduzido o Evangelho numa forma cultural sawi e não na forma
estrangeira. A maneira de cultuar e pregar usada pelos sawis, 70% dos
quais são cristãos, é estrangeira. Eles louvam da forma indonésia.
Talvez até saibam cantar "sim, Deus é bom" na sua própria língua.

Vamos sempre em cultos missionários, tristes a meu ver, quando se
canta "yes, God is good", "sim, Deus é bom", e por aí afora em muitas
línguas, com uma alegria burra, crendo que o grande propósito de Deus
para o universo humano é formar na terra uma imensa e uniforme igreja
evangélica.

O erro que Don cometeu os que primeiro nos pregaram o evangelho também
cometeram. E continuamos cometendo, nós, líderes cristãos do Brasil de
hoje. Durante um encontro nacional de Jocum (Jovens Com Uma Missão) —
que se crê vanguarda e, às vezes, é mesmo vanguarda em alguns aspectos
— na frente de quase 1.000 jovens, liderando uma reunião, pedi que a
equipe de louvor tocasse "Velha Infância", dos Tribalistas, para
louvarmos a Deus com intimidade. Minha sorte foi que muitos dos
líderes presentes não souberam que fui eu que encomendei a música,
senão provavelmente eu teria sido proscrita da função de presidente
nacional poucas horas depois de ter assumido. Ao mesmo tempo em que a
música trouxe um espírito doce e especialmente terno para toda a
platéia, e encheu de alegria a boca e o coração dos jovens presentes,
a casa caiu para o líder de louvor, e ele teve de enfrentar muitas
caras feias até o último dia...

Quando prego em congressos, gosto de tocar "Um Índio", de Caetano
Veloso, e "Maria Maria", do Milton Nascimento, que considero músicas
essenciais no entendimento de nossa identidade brasileira.
Infelizmente, nosso "Jesus" evangélico não é brasileiro. Ele é
internacional, e por internacional leia-se americano-europeu do norte.
Este "Jesus" fala inglês, louva medievalmente para algumas
denominações e hosana-music-vineyardmente para outras. Mas, como um
religioso fariseu, coloca-se sempre à parte da cultura, acima dela,
desprezando-a completamente em vez de restaurá-la, redimi-la,
legitimá-la, comunicando-se com ela. Este "Jesus" fariseu-evangélico
ora pelas praças usando shofares (o que é isto?), proclamando-se santo
e desprezando tudo e todos ao seu redor. Fala num jargão de gueto
cultural, comunica-se apenas com seus "iniciados" e sua mensagem é
obsoleta e irrelevante para a população em geral.

Um dia, numa conferência, ouvi um pastor repreender em nome de Jesus
"a cultura africana de nosso meio". Coisa triste. Não me admira que na
Bahia cresça tanto o número de negros que buscam sua legitimação
étnica no candomblé. Formas culturais, danças, músicas não são
pecadoras ou santas em sua essência. São formas, vasilhas, caixas nas
quais se depositam as bênçãos de Deus, ou as maldições... Na mesma
conferência me deram 20 minutos para dizer algo. Num acesso de loucura
pintei a cara de índia e disse que ainda veria o mesmo povo louvando
ao som de centenas de tambores baianos numa timbalada poderosa e
santa. Queixos se deslocaram do lugar, cabelos se arrepiaram de
horror, mas inúmeras pessoas se sentiram "misteriosamente" livres para
amarem quem são, suas músicas, suas danças, curtirem MPB e dançarem
danças africanas em homenagem ao Deus que criou todos os povos.

Baby do Brasil, durante uma conferência, me disse que viu,
"pentecostalmente" falando, o Espírito de Deus de maneira maravilhosa
ungir a música "Brasileirinho" e centenas de pastores do G-12 dançarem
enlouquecidos ao som do chorinho-símbolo do Brasil... É o fim dos
tempos? Além de "G-12mente heréticos", esses pastores agora também se
"secularizaram" de maneira perigosa? Ou será que a revelação de que
Deus ama a nós, brasileiros, como somos, em todas as nossas
manifestações culturais, está chegando até os segmentos mais
inesperados do Evangelho no Brasil?

Fico com a última opção. Deus é amor. Não é fariseu, exclusivista,
preconceituoso, racista. E, além de tudo, só nós ainda não sabemos...
Mas Deus é brasileiro.

Bráulia Ribeiro é missionária em Porto Velho, RO, e presidente da
JOCUM — Jovens com Uma Missão.

Saturday, September 24, 2005

DOUTRINA BIBLICA DA SEPARACAO

SEPARACAO DE IRMAOS
"Ah, nunca devemos em nenhuma circunstância nos afastar da comunhão com um irmão ou irmã em Cristo", é a expressão imediata em certos círculos quando o assunto é mencionado. Assim, para aqueles que mantêm essa noção sem base bíblica, preparem-se para um nocaute, pois a Bíblia ensina claramente esse princípio. O que dizem as Escrituras?
2 Tessalonicenses 3:6, 11 e 14-15 não poderiam ser mais claros:
verso 6 - "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão, que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu."
verso 11 - "Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs."
versos 14-15 - "Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão."
, Paulo lhes deu (ou nos deu) essas instruções sobre o que precisavam fazer para corrigir tal comportamento. Observe que Paulo usa o advérbio "desordenadamente" - derivado de uma expressão militar que significa "marchar em outro ritmo", fora de sintonia com os demais. Aquelas pessoas estavam caminhando fora da linha, com um ritmo errado, e recusando-se a ouvir e a raciocinar, de modo que algo teve de ser feito para chamar a atenção deles. A cura era uma boa dose de separação! Paulo disse para afastar-se deles mas sem cortar a comunhão. O resultado pretendido seria envergonhá-los e despertar neles o desejo de se acertarem com todos na igreja. Não sei sobre você, mas se outros crentes viessem até mim e me dissessem que estou fora da linha e, por causa da minha obstinação, será necessário para eles afastarem-se da comunhão comigo - eu ficaria muito triste. Minha velha natureza pecaminosa não gostaria nem um pouco e sem dúvida tentaria da melhor forma racionalizar meu comportamento e fazer desculpas, mas em algum momento eu seria forçado a admitir minha falha e a pedir o perdão dos irmãos. Como disse o poeta escocês Robert Burns em um de seus poemas, "Ah, se tivéssemos o poder de nos ver como os outros nos vêem!" Se pudéssemos, não gostaríamos tanto de nós mesmos. Algumas vezes, algumas medidas drásticas são necessárias.
Entretanto, alguns adversários desse tipo de separação insistem com veemência que esse ensino aplica-se somente ao caso específico dos irmãos desordenados em Tessalônica, quase 2.000 anos atrás! Acho isso absolutamente ridículo, pois se fôssemos adotar esse método de exegese, grande parte da Bíblia deixaria de ter relevância para nós. Não, o princípio é claro e a razão é doutrinariamente sólida. Pecado é pecado, independente do lugar em que for encontrado e precisamos nos separar dele tão cedo quanto possível. Deus sabe que o pecado é altamente contagioso e, quando cometemos o erro de tolerá-lo, cedo ou tarde ele se gruda em nós. Uso freqüentemente a simples ilustração do mineiro que veste uma camisa branca! Se você trabalhar com um amontoado de carvão, vai ficar todo sujo e manter a camisa branca limpa será altamente improvável. Nossa caminhada neste mundo é muito similar, e precisamos usar todos os métodos que Deus nos deu para nos manter tão limpos quanto possível. Os irmãos que deliberademente querem desobedecer não devem ser tolerados! É simples assim. Se você não consegue arrazoar com eles, afaste-se, pois a tolerância ao pecado deles é cumplicidade. Se você virar o rosto quando seu pastor, ou qualquer outro irmão, desviar-se do caminho correto em que deve andar, é culpado também. Se tivermos a coragem de defender o que é certo e agirmos de acordo com o procedimento correto prescrito na Bíblia, isto é, admoestarmos duas ou três vezes, poderemos ajudar a livrar alguém da servidão a Satanás. É trágico que esse passo muito prático seja tão negligenciado e tão malcompreendido, mas o brado irracional contínuo pela "unidade cristã" na verdade obscureceu a Palavra de Deus. Meus amigos, a doutrina nunca deve ser sacrificada em prol da unidade. E, não é necessário muita imaginação para ver que os números têm uma parte significativa na insistência pela unidade a todo o custo. A obediência a Deus é mais importante, mesmo que signifique termos um "reavivamento pela porta dos fundos" e perdermos a maioria dos membros. A experiência prova que aqueles que se afastam dessas coisas raramente fazem parte do "grupo que participa da Reunião de Oração" - os poucos fiéis - a literal espinha dorsal da maioria das igrejas. Como óleo e água, o joio e uma aplicação sólida e consistente da doutrina não se misturam.
A mentalidade "ganhá-los a todo o custo" não tem base nas Escrituras. A salvação de Deus foi assegurada antes da fundação do mundo [Efésios 1:4]. Ao contrário das exortações emocionais feitas por muitos pastores, nenhuma alma irá para o inferno por causa da falha de algum dos santos de Deus em testemunhar. A salvação é realmente do Senhor e ele ficará satisfeito com o resultado final, de acordo com Isaías 53:11-12:
"Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si os pecados de muitos, e intercede pelos transgressores."
A doutrina da separação raramente é ensinada ou praticada, e está havendo uma invasão de hordas de joio não-convertido - suas naturezas carnais estão arruinando qualquer rastro de espiritualidade e suas atitudes e seu estilo de vida mundano logo tornam-se a norma para as congregações. Eles literalmente não podem compreender o conteúdo espiritual da Palavra de Deus e insistem em serem alimentados com sermões sobre o tema "sinta-se bem consigo mesmo", que os ajudem a aliviar as dificuldades da vida diária. O estudo bíblico sério degenera rapidamente para análises de livros e discussões sobre temas ambientais. As preocupações sociais tornam-se mais importantes que as questões espirituais. Isso tudo parece familar a você? Deve parecer, porque em geral, as igrejas estão repletas disso. Entretanto, enquanto a igreja estiver experimentando "crescimento", o pastor achará que está tudo bem, pois sua aposentadoria está garantida.
"Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso." (2Co 6:17-18)
Se você participa de uma igreja que está nessa situação, receba nossos pêsames - mas há algo que pode fazer! Você vai continuar sendo cúmplice com a má doutrina e com as más práticas, ou praticará a doutrina bíblica da separação? A escolha é sua.

Thursday, September 22, 2005

VERGONHA NACIONAL (BRASIL)

Os brasileiros são 2,8% da população mundial e responsáveis por 11% de todas as mortes anuais do planeta. Há mais crianças morrendo no Rio de Janeiro do que no Iraque, na Palestina, na Colômbia.
Dominic Barter, coordenador da Comunicação Não-Violenta (CNV) no Brasil

Wednesday, September 07, 2005

O QUE E COSMOVISAO??

Cosmovisão é um conjunto de suposições e crenças que alguém usa para interpretar e formar opiniões acerca da sua humanidade, propósito de vida, deveres no mundo, responsabilidades para com a família, interpretação da verdade, questões sociais, etc. Um cristão deveria ver essas coisas, e todas as demais, guiado pela luz que recebe da Bíblia.
A Bíblia tem muitas coisas a dizer acerca da natureza humana, do mundo, propósito, verdade, moralidade, etc., como também acerca do mundo. Mais freqüentemente do que imaginamos, a cosmovisão secular está em conflito com a bíblica. Por exemplo: onde o mundo nos mostra um homem desenvolvido, a Bíblia diz que ele foi criado e é, em última instância responsável diante de Deus. Onde o mundo diz que a moral é relativa, a Bíblia diz que ela é absoluta. Onde o mundo diz que não há necessidade de salvação e redenção, a Bíblia claramente declara que todas pessoas têm necessidade de confessar os seus pecados. O contraste é óbvio e profundo. Ambos não podem ser verdadeiros ao mesmo tempo.
O mundo secular exalta o homem ao ápice do desenvolvimento da evolução, o soberano acima de tudo, ele domina, embora sendo apenas outro animal. Deus é "relevante" aos sistemas de crença dos supersticiosos e incultos. Visões tão opostas, no final das contas, acabarão por se confrontar.